20 de outubro de 2008

O QUE AÍ VEM... The Wrestler







IRA.
«Se Madonna e David Bowie nos ensinaram algo, é que temos de seguir reinventando-nos.» DARREN ARONOFSKY in Empire

Nos últimos anos - há bastantes mesmo assim... - Mickey Rourke, outrora galã capaz de levar Kim Basinger a tornar-se assídua do seu frigorífico, tornou-se alvo de críticas e rumores, muito por causa da sua obesidade, dos implantes de botox e da má escolha de desempenhos.

Se, há poucos anos, Robert Rodriguez o quis reabilitar com uma personagem mítica em A Cidade do Pecado, agora é a vez de Darren Aronofsky, que já por si possui um currículo longe de ser convencional.

THE WRESTLER é um drama pessoal que gira em torno de um lutador de
wrestling, desporto que tem mais de encenação do que luta, mas que parece ter voltado aos primeiros lugares da ribalta, gerando um culto bizarro.

Rourke é Randy «The Ram» Robinson, um dos mais famosos da arena, mas o realizador do excelente «A Vida Não é um Sonho» e do inclassificável «The Fountain» está mais preocupado em descortinar quem é o homem que se esconde para lá dos músculos.

O desempenho (e, principalmente a transformação) tem sido alvo de elogios, num filme que quer ser levado a sério enquanto melodrama, apesar do seu fundo aparatoso. Para dar mais credibilidade à coisa, aparecem ainda a interessante Marisa Tomei a fazer de stripper e a ousada Evan Rachel Wood no papel da filha do protagonista.

O que se pode esperar daqui? O renascer da carreira de Mickey O'Rourke e uma análise sobre as atribulações de uma vida que se faz de um desporto que é também uma representação. Ou uma representação que é também um desporto.

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