21 de maio de 2009

Adeus, Sr. Cinemateca












INVEJA. «João Bénard da Costa viu muitos filmes, todos os filmes, uma vida inteira de filmes, mas também via sempre filmes que mais ninguém via, porque neles descrevia o que lá estava e não estava, isto é, aquilo que não era aparente e óbvio antes de o lermos nos seus textos.» in nota da Cinemateca

Morreu o «sr. Cinemateca».

Um daqueles símbolos sobre como vale a pena defender o cinema. E como ele foi maltratado no nosso país... Se o Museu do Cinema é a jóia que é hoje deve-o à figura que amava «Johnny Guitar» como ninguém e que explicava o que se escondia para lá das imagens nas folhas A4 distribuídas entre sessões.

Graças a ele olho para «O Retrato de Dorian Gray», de Albert Lewin, de uma forma diferente. Ou para «As Duas Feras», de Howard Hawks.

João Bénard da Costa (1935-2009) faz falta. Mesmo que o cinema continue. O ex-director da Cinemateca procurava transpor em palavras o que os olhos vêem e não esquecem. E contextualizou muitos dos filmes da nossa vida.

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