10 de julho de 2009

CINEFILIA: As cinco promessas de Julho








SOBERBA. Ainda se sente que este é mês de Verão, até porque chegam às salas novos trabalhos de Van Damme e Steven Seagal, várias obras de terror menor e até as inevitáveis sequelas, que continuam sem abrandar o ritmo, como é o caso do novo capítulo de Harry Potter e a terceira parte de «A Idade do Gelo». Ainda assim, há apostas a reter.

- ELEGIA: Sabe-se que mais vale tarde do que nunca, mas a questão aqui é perceber por que tardou tanto este filme a chegar às salas nacionais. As razões do interesse é o ponto de partida, um célebre romance de Philip Roth, e o duelo de actores. Diz-se que Penélope Cruz nunca foi tão intensa e Ben Kingsley só precisa de ser o que tem sido até agora, a roçar a genialidade. A relação proibida entre professor e estudante promete ser ousada e psicologicamente estimulante.

- A IDADE DO GELO 3 - DESPERTAR DOS DINOSSAUROS: Condescendência às sequelas, até porque a animação do brasileiro Carlos Saldanha costuma resultar pelo tom descomprometido e mordaz. Espera-se que a fórmula surja reforçada até pela entrada em grande dos dinossáurios. E assim constrói mais um êxito...

- HOME - LAR DOCE LAR: A proposta mais arriscada do mês. Isabelle Huppert dá força a esta realização de Ursula Meier centrada numa auto-estrada abandonada e na casa isolada que ali fica perto. A vida de quem lá mora será ameaçada com a abertura da via à circulação de viaturas.

- BRÜNO: Fã de «Borat» e outras bizarrias de Sacha Baron Cohen, é com particular atenção que se quer assistir a esta nova figura, o estilista gay austríaco que vai causar estragos no mundo da moda. O talento para misturar realidade e ficção deve ser a mais-valia deste novo trabalho de Larry Charles. Rir de tudo isto não tem mal nenhum. E há poucas coisas que ainda nos fazem mesmo rir...

- SÉRAPHINE: Martin Provost filma com sensibilidade a vida da francesa Séraphine de Senlis, mulher nascida em 1864 que foi pastora e dona de casa antes de se transformar em pintora e submergir-se na loucura. É a proposta europeia, independente e séria do mês... Os críticos vão adorar.

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