23 de novembro de 2008

NA SALA ESCURA: Crime na era digital







IRA.
«O mundo inteiro quer ver-te a morrer e nem sequer te conhece» OWEN REILLEY (Joseph Cross)

Sinal dos novos tempos em que, no centro de tudo, está uma atormentada Diane Lane, actriz que se tem conseguido manter à tona e que agarra a oportunidade de ser o corpo à disposição de uma intriga que quer alertar para o lado perverso da tecnologia.

A sua personagem é sólida, bem dirigida, mas dificilmente se eleva na história.

INDETECTÁVEL, ao contrário da maioria dos restantes trabalhos de Gregory Hoblit, experiente realizador de filmes de suspense (com «A Raiz do Medo» ou «R
uptura» como pontos altos do seu currículo), é demasiado aproximado da lógica televisiva, prefere os lugares seguros à ousadia dramática e nunca se desprende dos filmes que já conhecemos de cor.

A dimensão é típica de séries como «C.S.I.» e, apesar do clima ser frenético, não chega para preencher todas as medidas
.


É certo que há um cuidado plástico latente, reviravoltas suficientes para manter a tensão, personagens que se movem com a dinâmica de um são policial e até bons planos (e mais ágeis do que seria de supor). Mas nem sempre chega. Ou melhor, é insuficiente para erguer esta proposta até um outro plano que não o do entretenimento ligeiro.

Outra crítica AQUI

INDETECTÁVEL
De Gregory Hoblit (2008)
* *
Eficaz, mas pouco surpreendente.
A obra estreou-se há largos meses nos Estados Unidos e portou-se de forma modesta. A sua premissa e a forma de olhar para o fenómeno da Internet merecem atenção. O resto dificilmente será para mais tarde recordar. Até porque o que não falta, na televisão, são episódios em tudo semelhantes a este filme. Mesmo que sem o empenho e a frescura de Diane Lane.

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