
SOBERBA. Mês de Óscares... Hollywood enche-se de glamour neste tempo de crise e rende-se a uma história de amor que emerge da pobreza indiana. «Quem Quer Ser Bilionário?» levou a melhor sobre «O Estranho Caso de Benjamin Button» e a Academia deu assim um sinal de que quer mudar alguma coisa... Algo que se viu na exuberante gala da entrega de prémios. Mais virada para o seu público e para as pessoas que fazem do cinema uma arte. Aplausos!
LUXÚRIA. O triângulo amoroso entre Scarlett Johansson, Javier Bardem e Penélope Cruz (vencedora digna do Óscar de Actriz Secundária) é a descoberta do mês. «Vicky Cristina Barcelona» é o Woody Allen de que se estava à espera, só que mais atrevido e luminoso.
AVAREZA. Outra das descobertas retardadas do mês chama-se «Tsotsi», Óscar de Melhor Filme Estrangeiro há um par de anos. Centrado no meio pobre da África do Sul, é mais uma história de crime e desigualdades sociais, mas a bela fotografia e o tom intimista mostram que a contenção de meios consegue ainda gerar efeitos emocionais de assinalar.
IRA. «Watchmen» estreia ou não estreia? Parece que está próximo o dia, depois de muitos avanços e recuos. Será a melhor adaptação de uma BD de sempre ou antes uma imensa desilusão? Aceitam-se apostas.
PREGUIÇA. A ida à Fnac está a ser substituída pela compra do jornal ao fim-de-semana. Erradamente, eu sei, mas não é que há cada vez mais DVD a preço de saldo? E há até compras realmente surpreendentes... O «Público» distribuiu o «Censurado» de Brian De Palma e o «DN» optou pelo «O Barbeiro» dos Irmãos Coen. Atenção: para a semana sai o excelente «Pecados Íntimos» do Todd Field. Quem é que paga isto?
INVEJA. A Prisvídeo reeditou grande parte das obras de Pedro Almodóvar, com edições que primam pelo esforço em incluir extras e, além disso, capas bonitas de se ver, com figuras de traços coloridos aos quais associamos as tramas quase novelescas do mais famoso dos realizadores espanhóis. É uma boa oportunidade para adquirir títulos em falta, porque o cuidado estético e técnico convencem.
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