
10 - VOLTAR
Pedro Almodóvar regressou à sua homenagem feminina e ao território dos romances de cordel com uma pitada de fantástico. Não é a sua obra mais sólida, é antes um bom regresso à sensualidade humorística.
9 - A CIÊNCIA DOS SONHOS
Embora massacrada por parte da crítica nacional, este delírio de Michel Gondry consegue desprender-se dos argumentos de Charlie Kaufman e ter asas para seguir sozinho. Onírico, ingénuo e iconoclasta é, essencialmente, um belíssimo conto de amor.
8 - JUVENTUDE EM MARCHA
Pedro Costa criou este ocaso para a sua trilogia dedicada aos personagens reais do Bairro das Fontainhas. Denso, este docudrama distorce as convenções do realismo e apresenta retratos doridos de pessoas à espera de um rumo.
7 - A LULA E A BALEIA
Além do bom exemplo de UMA FAMÍLIA À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS, o cinema "indy" norte-americano deu nas vistas neste melodrama sobre as consequências de um divórcio junto de dois jovens. Sente-se o dedo de Wes Anderson (aqui mero produtor), na atenção aos pormenores cénicos e narrativos.
6 - O MUNDO
Um parque de diversões oriental, em que todos os monumentos do mundo possuem réplicas, dá o mote a este drama crepuscular sobre vidas desmembradas numa China cosmopolita. A vida suburbana contrasta com uma visão de aparente globalização onde a tragédia acaba por se revelar.
5 - BOA NOITE, BOA SORTE
George Clooney supera-se neste belíssimo retorno à "Caça às Bruxas", desta vez centrando a óptica no jornalismo. O tratamento da imagem a preto-e-branco é de pura antologia, bem como o desempenho de David Stratheirn.
4 - ENTRE INIMIGOS
Spike Lee aliviou o seu estilo com um filme de golpe, mas Martin Scorsese, que fez o mesmo, saiu-se melhor: embora seja um "remake", este jogo dúplice de agentes infiltrados ganha pelos toques de mestre de Scorsese e pelas interpretações grandiosas de Nicholson, DiCaprio e Damon.
3 - O NOVO MUNDO
Outra das surpresas do ano, vem pelas mãos do perfeccionista e atípico Terrence Malick: uma visão crepuscular de Pocahontas, com belíssimos ambientes e uma gestão dramática de perder o fôlego. É também o filme-redenção de Colin Farrell, depois do desaire de ALEXANDER.
2 - MATCH POINT
Woody Allen ainda consegue inovar: desta vez, com um drama surpreendente, um teste às convicções humanas, rodado em Londres e ao som de ópera. Talvez por isso, esta tocante história seja o seu melhor filme nos últimos anos. Não é só uma questão de sorte... é também de génio!
1 - UMA HISTÓRIA DE VIOLÊNCIA
O cineasta das mutações orgânicas preferiu a transformação de atitude em nome de um passado que se quer obscuro. Poderá o mesmo homem ter duas faces? Viggo Mortensen é a pessoa certa para o responder, numa poderosa tese sobre a desconstrução de um monstro por detrás de uma pessoa normal. Cronenberg cria o seu mais sólido objecto de cinema, com uma direcção soberba e ainda uma participação minúscula e irresistível de William Hurt. O pecado de 2006 é claro: a IRA.
2 comentários:
A minha lista, se a fizesse (gosto de apenas deixar pelo meu blogue o melhor filme do ano e não os seguintes classificados) contaria com alguns filmes que não mencionaste: Kiss Kiss Bang Bang, V for Vendetta e principalmente Little Miss Sunshine.
Um abraço e um 2007 em grande!
1. Babel
2. The Departed
3. Uma História de Violência
4. Match Point
5. Boa Noite, e Boa Sorte.
6. Volver
7. O Libertino
8. The Queen
9. Finais Felizes / V por Vingança
10. A Senhora da Água
anda por aqui... Em exclusivo mundial para o teu blog.
Enviar um comentário