12 de março de 2007

Humoristas no gesto... e na palavra

SOBERBA. «Nunca esqueço uma cara, mas no seu caso abro uma excepção.» Recentemente, motivado por um «pack» de DVD à venda na Fnac por uma pechincha - que incluia o célebre clássico OS GRANDES ALDRABÕES - refresquei a memória quanto ao talento de Groucho Marx não só para o humor físico como para os trocadilhos verbais. Ele era, de facto, o mestre da duplicidade, da piada fácil, dos jogos de palavras... Considero até que era por aí a sua maior virtude e que levou os Irmãos Marx à longevidade face, por exemplo a Charles Chaplin: a capacidade de usar a técnica do som, recentemente criada na altura em que se estrearam no cinema, a favor do seu humor, coisa que «Charlot» nunca conseguiu muito bem dar a volta (o seu perfil «mimo» era a mais-valia). Por isso mesmo, recordo algumas pérolas discursivas de Groucho Marx, de fazer rir sem precisar de um gesto. Para contradizer a ideia de que a «stand-up comedy» é fenómeno recente.

1) «O casamento é uma maravilhosa instituição. Mas quem é que quer viver numa instituição?»
2) «Inteligência militar é uma contradição entre termos.»
3) «Eu bebo para tornar as outras pessoas interessantes.»
4) «Só há uma maneira de saber se um homem é honesto, é perguntando-lhe. Se ele disser que sim é porque é um aldrabão.»

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