26 de setembro de 2007
Charlot no Brasil é... Carlitos!
PREGUIÇA. «Os actores buscam a rejeição. Quando não a encontram, rejeitam-se a si próprios.» CHARLES CHAPLIN
Era uma das minhas grandes falhas na colecção de DVD, que já serpenteiam a sala dado o volume de filmes - prestes a superar as duas centenas: ainda não tinha uma longa-metragem de Charles Chaplin e vim do Brasil com três debaixo do braço.
O milagre? Encontrei a colecção dedicada ao actor por 12 reais cada filme - algo perto de três euros, mais coisa menos coisa. Num ápice trouxe comigo «A Quimera do Ouro», «Luzes da Cidade» e «Tempos Modernos».
Só não vim mais carregado porque temia pelo peso da mala no regresso ou que suspeitassem que estava a fazer pirataria, apesar de serem edições originais (digamos, aqui para nós, que a ASAE não ia gostar nadinha do Brasil e da Bolívia dada a perícia das cópias por lá, com vários filmes compilados num só disco, vendidos na rua ao preço da uva mijona, que é como quem diz por 50 cêntimos ou coisa que o valha).
As edições dos filmes de Charles Chaplin têm capas bonitas, os filmes são apresentados com qualidade e legendas cuidadas. Tudo no sítio, praticamente. Contudo, a mania dos brasileiros em traduzirem tudo e mais alguma coisa tem os seus inconvenientes e... Charlot ficou convertido em... Carlitos!??!
Já há muito que não esboçava um sorriso tão trocista quando vi na capa dos referidos DVD a expressão «Colecção Carlitos». Passaram-se, pensei eu. Inicialmente foi o choque, depois a resignação. Pelo menos, ninguém aqui nas redondezas tem as obras-primas de Charles Chaplin como eu.
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2 comentários:
Isso não é nada! Reparaste como é que se chama "O Padrinho"? Lá, dá pelo nome de "O Poderoso Chefão".
Duas notas:
1) Não és só tu a ter a preciosa colecção (a net é uma "caixinha" de filmes).
2) Este post tem uma grande virtude: o uso da expressão inesquecível "uva mijona". No topo das minhas preferidas!
Abraço!
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