24 de maio de 2008

O MAIOR PECADO DE... Harrison Ford







PREGUIÇA.
«Os seus movimentos parecem particularmente cansados.» TIME OUT

Já o vimos à procura da mulher em Paris, a fugir para provar que não tinha morto a mulher, a lutar com criminosos sendo ele o Presidente dos Estados Unidos, a infiltrar-se numa comunidade amish para salvar uma criança. Já o vimos como arqueólogo, médico, polícia.

Em FIREWALL, o modesto e muito fraco thriller de 2006, vemos apenas Harrison Ford a tentar copiar as fugas de outrora, num caso sério de um filme de grande orçamento que quer apenas copiar os modelos que Ford conseguiu impor como êxito no passado
.

É certo que a carreira deste actor (outrora carpinteiro de estrelas de cinema) já está impressa num lugar generoso das memórias de Hollywood, ou não fosse, a par de Will Smith ou Tom Cruise, a estrela que mais êxitos de bilheteira acumulou no currículo.

Não esquecer que, além da saga de Indiana Jones, Ford esteve presente na trilogia original de «A Guerra das Estrelas», no clássico de culto Blade Runner e em vários thrillers dinâmicos, memoráveis, como Frenético, O Fugitivo ou A Testemunha. Mas os anos começam a pesar, sendo que, com excepção da recente estreia do quarto capítulo de Indiana Jones, os filmes mais recentes de Harrison Ford são facilmente esquecíveis.

Particularmente este, que não tem uma única ideia arrojada e conta com um vilão tão caricatural que soa a falso e um próprio Ford com ar exausto, quase a arrastar-se até ao fim, já sem forças para concluir uma missão que não prende minimamente o espectador.

E que missão é esta? Desta vez na pele de um especialista de segurança de computadores, Ford trabalha num banco e só ele pode abrir os seus cofres, recorrendo a uma complexa rede de códigos de acesso e firewalls. Sim, ele torna-se alvo fácil para um criminoso que só quer o que todos querem, fortuna, e que por isso está condenado desde o início.

A família do protagonista está em risco, mas nem Virginia Madsen, na pele da mulher do protagonista, consegue ser convincente. O que fica no final? Muito orçamento desperdiçado, nenhuma chama e a conclusão de que Ford está velho para este tipo de dilemas. Será que rejuvenesceu em Indiana Jones?


Críticas de Fugir:
- TIME: Já se viu este filme dúzias de vezes.

- JOURNAL AND COURRIER: «Firewall» não oferece nada de novo e original.
- CINEMA EM CENA: O argumento atravessa a fronteira do ridículo no terceiro acto.
- CHRISTIANITY TODAY: Há um ar de desespero em «Firewall», uma percepção de que Ford precisava de fazer este filme apenas para manter o seu rosto sob o olhar do público.
- NEW YORK POST: Esteja à espera de uma série previsível de duplos sentidos, tentativas de fuga que serão assustadoramente familiares para alguém que tenha visto o recente «Reféns».

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