9 de maio de 2008

O QUE AÍ VEM... I'm a Cyborg But That's OK

INVEJA. «Não gosto de ver filmes que evoquem a passividade. Se se precisa desse tipo de conforto, não percebo porque é que não se vai a um spa.» CHAN-WOOK PARK

Quem não ficou vidrado com o extremismo emocional de «Oldboy» levante o braço. Parece ter sido o registo encontrado pelo sul-coreano Chan-Wook Park para mostrar o seu cinema, ao ponto de construir uma das mais ousadas trilogias, logicamente centrada no tema da violência e da vingança.

Alguém o imagina a fazer uma comédia romântica surrealista? A primeira parte nem tanto, mas a componente surreal só podia lá estar... É o que parece ter feito com I'M A CYBORG BUT THAT'S OK, ou melhor, esta é a forma que encontrou para mostrar que até é um sentimentalão...

Será que os robôs também amam? E aqueles que o julgam ser? Nesta fantasia bizarra, muito cuidada graficamente parece que a psicologia é um lugar estranho.


Trata-se de uma obra mais suave do que as suas dispersões anteriores, mas parece que consegue ser igualmente extrema no modo como narra a jornada de uma mulher que julga ser um cyborg e que, por isso, vai parar a um asilo.

Nesse espaço impessoal imagina armas, máquinas, confrontos impossíveis e... apaixona-se. Será ela a louca ou a única sã? Quem não parece muito normal é mesmo Chan-Wook Park. Ainda bem.

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