7 de maio de 2008

OS SETE PECADOS DE... Abril 2008







LUXÚRIA.
No mês em que me fiz sócio de um videoclube da vizinhança, aproveitei para redescobrir um par de obras do cinema comercial recente que estava em falta. O jogo de luxúria de BEOWULF foi uma agradável surpresa, ainda que a tecnologia digital não esteja suficientemente apurada. Ou melhor, no filme vê-se que foram usados os mais modernos métodos, mas ainda não chega para que a fluidez se sobreponha ao artificialismo. Resta uma boa história, uma interessante noção medieval de aventura e a pena de não ter visto a versão tridimensional que chegou aos cinemas.

AVAREZA. Descobri que alugando filmes poupo dinheiro e isso fez com que reduzisse consideravelmente as aquisições do mês de Maio. Mantenho-me, contudo, fiel à colecção de cinema do jornal «Público» e à de clássicos de «western».

IRA. Por falar em descobertas no Velho Oeste, este mês de Maio trouxe uma boa surpresa: descobri «O Comboio das Três às Dez», excelente jogo de personagens entre Glenn Ford e Van Heflin, um mau e outro bom, quando no fundo são apenas dois homens em lados opostos da Lei. Ao que parece, o original é bem melhor do que a versão revisionista com Christian Bale e Russell Crowe que estreou há uns meses. Há uma ambiguidade moral e um bom sentido de suspense que tornam a obra numa interessante jornada a preto e branco.

GULA. Apesar de ter reduzido nas revistas de cinema, não resisti à edição deste mês da britânica «Empire», que além de dar a capa ao novo capítulo de Indiana Jones, ainda traz uma revista extra onde revê tudo o que gira em torno do célebre aventureiro que está mesmo quase a regressar aos ecrãs.

PREGUIÇA. A vontade de ir ao cinema continua em alta, a concretização é que nem por isso... Sou cada vez mais um cinéfilo de sofá, há algum mal nisso? Os puristas dirão que sim, mas nunca descobri tanto cinema como agora. Mesmo que mais afastado da calendarização das estreias na sala escura.

SOBERBA. Impecável, o trabalho que Robert De Niro fez em «O Bom Pastor». Outra das grandes descobertas do mês. Matt Damon é um extraordinário actor e personifica de forma surpreendente a dualidade de quem vive na sombra. A espionagem ainda consegue suspender o olhar.

INVEJA. De mansinho, o IndieLisboa continua a confirmar que é um dos mais sólidos eventos da vida cinematográfica nacional. A edição de 2008 parece que correu sobre rodas. Venham mais cinco!

1 comentário:

emot disse...

Não vi o O Comboio das Três às Dez original, mas olha que o remake é um belo filme. Não é deslumbrante, mas tem grandes intérpretes e grandes momentos. Gostei!
Já O Bom Pastor surpreendeu-me pela força do papel e da interpretação do Matt Damon, tão diferente dos papéis que tem feito e a mostrar a versatilidade incrível que ele tem. O filme é bom, gostei, mas é longo e complexo - acho que só o De Niro conseguiria fazer um filme assim "and get away with it".
Dá-lhe nos filmes!
No sofá ou na sala. E olha que o Beowulf tinha merecido uma ida à sala ver aquilo em 3D, uma experiência incrível.