9 de dezembro de 2007

CINEFILIA: As cinco promessas de Dezembro







SOBERBA. Nesta época, quem vai ao cinema é para levar a família atrás e desfrutar uma experiência ligeira, de preferência com doses de fantasia que se fossem de açucar faziam sucumbir um diabético ao fim de poucos minutos. Pelo menos, é o que parecem acreditar os distribuidores. No meio do turbilhão de estreias, há ainda casos de excepção que querem tornar o mês de Dezembro menos gelado do que os termómetros.

- A HISTÓRIA DE UMA ABELHA: Apesar de vir no lote dos filmes para toda a família, esta nova animação com insectos quer ser a fábula moderna e de humor irónico deste Natal. Trunfos? Ter Jerry Seinfeld atrás do projecto e da voz da personagem principal. Por isso, nada de ceder à versão dobrada em português.

- CALL GIRL: António-Pedro Vasconcelos não faz maus filmes e cada nova obra é sempre um ponto a favor para a cinematografia nacional. Todavia, ter puxado por Soraia Chaves, mais uma vez com pouca roupa e de chicote na mão parece, à primeira vista, querer ceder à máxima que filme português tem de ter largas cenas de nudez. Será mesmo assim? Ao menos, que faça esquecer depressa o «bluff» que foi «Corrupção».

- O SONHO COMANDA A VIDA: Chega com grande atraso esta obra dirigida pelo irmão de Gwyneth Paltrow. Mas parece que é daqueles projectos pequeninos mas com muito que se lhe diga. Trata-se da história de um músico em decadência que tem de compor «jingles» para publicidade para sobreviver. Ao questionar o valor do talento no mundo globalizado, o filme conta com Gwyneth, Penélope Cruz, Danny De Vito e o «british» Martin Freeman que, no inspirado cartaz promocional, surgem todos de olhos vendados.

- MY BLUEBERRY NIGHTS: Um dos projectos mais aguardados do ano, não só por ser a tentativa de Wong Kar-Wai no cinema de língua inglesa, mas por mostrar Norah Jones pela primeira vez no grande ecrã. Entre o intimismo e o romance assolapado, a obra narra uma jornada sentimental que dividiu a crítica.

- THE PAPER WILL BE BLUE: No campeonato do cinema europeu de cariz alternativo, esta obra romena promete ser um caso a ter em conta. Motivo? Narrar com profundidade a forma como um soldado abandona o seu pelotão e decide lutar pela causa da revolução que assola o país. Cinema de guerra com neurónios é proposta a reter. E que venha 2008...

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