
Pecado do Dia: Preguiça
É o que se pede neste curto período de férias, apesar de, em território novo, pouco dar para

Pecado do dia: Soberba
Apesar de durar quase duas horas e meia (qualidade que parece fundamental para um filme se
Pecado do Dia: Ira
O cineasta Ken Loach constrói o seu Brisa de Mudança como um complexo mosaico sobre o absurdo da guerra, testando as convicções humanas de quem mata pela indepêndencia de um pedaço de terra. Ao centrar-se na Irlanda dos anos 20, que luta contra a invasão britânica, cria um retrato denso em que a violência era cometida com a inexorabilidade da Inquisição medieval. Pode parecer, a espaços, grotesco e maniqueísta, mas há um realismo incómodo e manipulador que, apesar de desconfortável, se encaixa na mensagem pacifista que se pretende passar. O actor Cillian Murphy lidera um elenco intocável de homens movidos por convicções que as levam até às últimas consequências. Apesar de demasiado cru e nem sempre muito objectivo, Brisa de Mudança é tocante, tem uma belíssima fotografia e faz-nos perceber que o cinema também é um jogo expressivo que tanto pode ser um entretenimento aprazível como produtor de um nó na garganta do espectador. A guerra dos anos 20 por um pedaço de terra é cruel. Mas, mais de oitenta anos depois, as interrogações mantêm-se. * * *
Pecado do Dia: Inveja
É este o sentimento que se tem quando se vê a forma como Noah Baumbach conjuga
Pecado do Dia: Soberba
O realizador Stephen Frears, que esteve no ano passado a dar uma lição de cinema na Gulbenkian (e onde, justamente, foi exibido este filme), gosta de experimentar todos os géneros cinematográficos, parecendo, em cada um deles, um mestre de subtilezas e ciente de uma noção profunda de estilo. No âmbito da comédia ligeira, Frears nunca tinha dado grandes pistas, mas, com Alta Fidelidade, prova conhecer todos os segredos do género e cria uma profunda e respeitadora adaptação da obra de Nick Hornby. Tudo está no sítio certo e, a espaços, John Cusack fala para a câmara à semelhança de Ally McBeal, porque esta comédia é mais televisiva do que outra coisa. Ainda assim, o entusiasmo digno de "sitcom" de culto que provoca é delicioso e Alta Fidelidade é o filme pós-adolescente mais ligeiro e mais "cool" de se adorar de todos os tempos. Está tudo lá: os vícios, os defeitos, os hobbies, os encontrões com o coração, as mulheres, o desejo de fazer listagens de tudo e mais alguma coisa e... a música. Que reflecte um bom gosto sem mácula. Depois... depois há Jack Black em início de carreira num dos desempenhos secundários mais divertidos de todos os tempos. Basta ver a sua entrada em cena na loja de discos onde trabalha. Dá para esquecer? * * * *