Pecado do Dia: Soberba
O realizador Stephen Frears, que esteve no ano passado a dar uma lição de cinema na Gulbenkian (e onde, justamente, foi exibido este filme), gosta de experimentar todos os géneros cinematográficos, parecendo, em cada um deles, um mestre de subtilezas e ciente de uma noção profunda de estilo. No âmbito da comédia ligeira, Frears nunca tinha dado grandes pistas, mas, com Alta Fidelidade, prova conhecer todos os segredos do género e cria uma profunda e respeitadora adaptação da obra de Nick Hornby. Tudo está no sítio certo e, a espaços, John Cusack fala para a câmara à semelhança de Ally McBeal, porque esta comédia é mais televisiva do que outra coisa. Ainda assim, o entusiasmo digno de "sitcom" de culto que provoca é delicioso e Alta Fidelidade é o filme pós-adolescente mais ligeiro e mais "cool" de se adorar de todos os tempos. Está tudo lá: os vícios, os defeitos, os hobbies, os encontrões com o coração, as mulheres, o desejo de fazer listagens de tudo e mais alguma coisa e... a música. Que reflecte um bom gosto sem mácula. Depois... depois há Jack Black em início de carreira num dos desempenhos secundários mais divertidos de todos os tempos. Basta ver a sua entrada em cena na loja de discos onde trabalha. Dá para esquecer? * * * *
2 comentários:
Curioso, revi este filme ontem no canal Hollywood lol
Concordo, é inteligente, leve e divertido, combinação difícil de encontrar, mas mesmo assim prefiro o livro.
Gostei do blog :)
Eu sou mesmo grande fã do filme - não li o livro. Aliás, foi aí que "descobri" Jack Black. Tem óptimos desempenhos, bem sentidos, parece.
Enviar um comentário