13 de outubro de 2007

O MAIOR PECADO DE... Matt Damon







PREGUIÇA.
«Zzzzzzz» in INTERNET REVIEWS

Já toda a gente sabe que Matt Damon é considerado o actor mais rentável da sua geração, combinando bons sucessos de crítica, interpretações que não comprometem e uma choruda prestação nas bilheteiras.

Se a reverência é agora reforçada graças ao megalómano êxito de «Ultimato», há que não esquecer que o melhor amigo de Ben Affleck já tem um Óscar de Melhor Argumento debaixo do braço (por «O Bom Rebelde»), duas nomeações para Melhor Actor e um currículo invejável que inclui trabalhos com Scorsese, Coppola, Spielberg, Soderbergh, Gilliam, Van Sant e... Billy Bob Thornton.

Bem, na verdade, este último - mais conhecido pelo seu trabalho como actor - criou, quanto muito, uma mancha negra numa filmografia invejável, dado que são muito poucos os «tiros ao lado» na carreira de Damon (talvez incluíssemos também aqui «Agarrado a Ti», dos irmãos Farrelly).

ESPÍRITO SELVAGEM quer ser um melodrama mas é demasiado enjoativo, quer ser western mas causa demasiados bocejos de monotonia, quer romantismo mas não existe a mínima química entre Damon e uma atabalhoada Penélope Cruz, ainda às voltas com um inglês macarrónico
.

Estreado em 2002, o filme passou tão despercebido que rapidamente se eclipsou porque, na verdade, tem muito pouco para contar. Passou directamente para o circuito DVD e não deixou saudades.

Afinal o que falha aqui? A fotografia é boa, Billy Bob Thornton vê-se que sabe o que são bons ângulos e escolheu os actores a dedo. No entanto, a história de John Grady Cole (um soturno Matt Damon, em registo de cowboy «pãozinho sem sal»), que deixa o Texas e dirige-se para o outro lado da fronteira em busca de aventura e se apaixona pela bela filha de um latifundiário mexicano tem muito pouco para surpreender.

E o pior de tudo é o ritmo: longo e dengoso, à maneira do pior preconceito em relação aos maus filmes europeus. A sorte de Matt Damon é que logo a seguir a este melodrama xaroposo, Soderbergh requisitou-o para se juntar à equipa de «Ocean's 11». E o nível regressou em pleno!
Críticas de fugir:
- JAM! MOVIES: O filme nunca encontra o seu ritmo.
- BOSTON GLOBE: Um caso de bonitas imagens que nem de perto se aproximam da profundidade do livro em que se baseia.
- FILCRITIC.COM: «Espírito Selvagem» lembra-me um mau comediante a contar uma piada.
- ATALANTA JOURNAL: A química entre Cruz e Damon dificilmente aqueceria uma lata de feijões.

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