19 de junho de 2007

A Cinemateca rejuvenesceu

GULA. «Cinemateca Júnior vai aproximar jovens do cinema.» JOÃO BÉNARD DA COSTA à Agência «Lusa»
Quem é fã da Cinemateca levante o braço... Sou, mas gostava de ser muito mais fiel e de ter tempo e disponibilidade para ver sessões quase diárias. Depois da polémica em torno da sucessão de Bénard da Costa, eis que o Museu do Cinema de Lisboa dá provas de vitalidade. Além da já anunciada vinda de Roger Corman a Lisboa a 25 de Junho e do regresso das «Sessões na Esplanada» sob o signo da praia (temas a que espero regressar em breve), eis que há dois meses abriu um novo espaço, inteiramente dedicado aos mais novos. A Cinemateca Júnior é uma segunda Cinemateca que não só capitaliza as instalações do Palácio Foz (apontando armas ao público escolar) como procura fidelizar desde muito cedo as crianças para os clássicos do cinema e as tecnologias inerentes à arte da imagem. Uma prova do bom gosto em torno do projecto? Eis que na Feira do Livro deste ano, foram-me oferecidas duas obras do óptimo catálogo da instituição que traziam consigo um delicado envelope com um taumatrópio. Sabem o que é? Viram A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA? Pois é, trata-se da brincadeira óptica de ter um recorte em papel com um pássaro desenhado de um lado e uma gaiola no verso que, ao girar, transmite a ilusão de que o pássaro se encontra dentro da gaiola. Uma partida ao olhar simples e eficaz, em linha com uma boa gestão de marketing. Segundo a explicação dada, o taumatrópio foi inventado, em 1826, pelo inglês Dr. John Ayrton Paris e foi o primeiro brinquedo de ilusão de óptica. Só um «cheirinho» para o que nos espera na Cinemateca Júnior, onde já passaram DUMBO ou KING KONG e que, no próximo fim-de-semana (sexta e sábado, entenda-se) apresenta, pelas 11h00, os dois capítulos de A IDADE DO GELO. Para refrescar a ideia de ser criança.

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