24 de junho de 2007

O MAIOR PECADO DE... Robert Rodriguez

PREGUIÇA. «Fica demonstrado que muito poucos estão imunes ao efeito corrosivo que a tecnologia exerce sobre a história, as personagens e o seu sentido.» WALTER SHAW, «Film Freak Central»

Toda a gente conhece o início impressionante da carreira de Rodriguez como realizador: juntou uns trocos, depois de aceitar ser cobaia para um novo medicamento em estudo, e com os meios mais amadores criou o mítico EL MARIACHI. Com uma valorizável dinâmica, sopro latino e muitas ideias para o novo cinema de acção. Hollywood resgatou-o e, ao aproximar-se de gente tão transgressora quanto Quentin Tarantino, criou o seu próprio nome no cinema comercial. A propósito da estreia para breve de GRINDHOUSE, a meias com Tarantino é altura de recuperar o seu ponto fraco. E aí, não há duvidas: SPY KIDS 3 é mesmo o mais bizarro pela combinação de efeitos especiais a três dimensões com mais um gasto capítulo de uma família de heróis, liderada por dois irmãos que se julgam muito espertos. Mas que são meras caricaturas. E aqui nada bate certo: Banderas é mais canastrão do que o costume, a animação 3D é excessiva e desproporcionada e, depois, há um vilão absurdo: Sylvester Stallone em dose tripla. Se o primeiro capítulo desta trilogia era arrojado, o segundo foi só tolerável e humoristicamente satírico. Já o terceiro... uma imensa desilusão. Em boa hora Rodriguez descobriu o potencial de SIN CITY. Aí sim, a erupção visual faz sentido!

CRÍTICAS DE FUGIR:
- Toronto Star: Rodriguez extravasou as suas habilidades com este filme.
- Reel.com: «Game Over.»
- Boulder Weekly: Um perdedor em toda a linha... Se Stallone já era mau por si, Rodriguez oferece-nos três!
- Chicago Tribune: Enquanto os aspectos visuais ganharam peso, a história perdeu-o de todo.

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