A razão porque «Pulp Fiction» não consta desta lista é óbvia: trata-se (ainda) do melhor e mais célebre filme do reconfigurador Quentin Tarantino. Como toda a gente já o viu e é essencial em qualquer videoteca que se preze, há, mesmo assim, que lembrar uma das mais curiosas carreiras na realização, dado que À PROVA DE MORTE já aí se encontra, nas salas nacionais, para quem o quiser ver. Tarantino pode não ser o mais súbtil dos novos cineastas norte-americanos. Mas é um dos mais intensos e daqueles que mais apetece ir seguindo com renovado interesse.
- À PROVA DE MORTE: Em exibição nos cinemas, esta parte do projecto GRINDHOUSE (entretanto partido ao meio, ficando a parte de Robert Rodríguez adiada para Setembro) traz novamente Tarantino de volta ao território série B, com um «serial killer» que assedia jovens desinibidas.
- KILL BILL 2: Segunda parte das aventuras de A Noiva e também a mais reveladora. Oportunidade do realizador homenagear filmes de acção orientais sem perder o charme e aproveitando ainda para dar uma aura western à missão de Uma Thurman (como sempre excelente).
- KILL BILL 1: Talvez o mais gory filme de Tarantino. Brilhante amálgama de géneros, mostra ainda que o realizador sabe fazer cinema de acção, com a mestria dos clássicos.
- JACKIE BROWN: Piscadela de olhos à blaxploitation, começando pela escolha da protagonista (a saudosa Pam Grier). Viagem ao mundo negro da corrupção dissimulada, com um elenco de se lhe tirar o chapéu. Samuel L. Jackson e Robert De Niro na linha da frente.
- CÃES DANADOS: O berço de tudo. Um filme minimalista que revolucionou o sopro independente da década de 90. Neste jogo de enganos sangrento, nada é o que parece. Os diálogos são de antologia.
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