SOBERBA. Nesta semana que se avizinha quente, o destaque vai mesmo para o novo cinema português, dada a estreia do novo filme de Manoel de Oliveira. Apesar das críticas, há que reconhecer o esforço no sentido artístico da cinematografia nacional, sendo os cinco exemplos apresentados de seguida o mais díspares do que possível. A oferta é acessível e aconselhável a quem gosta de ver filmes sem preconceitos.
- CERROMAIOR: É já amanhã, pelas 19.30, que a Cinemateca exibe este trabalho de Luís Filipe Rocha, inspirado no romance homónimo de Manuel da Fonseca, que se embrenha nas raízes profundas dos homens do campo no Alentejo.
- TRANSE: A propósito da revisão da matéria dada que o cinema Nimas exibe até Setembro, a próxima sexta-feira (dia 13) é preenchida com o último trabalho de Teresa Villaverde. Um conto sufocante protagonizado por uma tétrica Ana Moreira.
- BELLE TOUJOURS: Um conto nostálgico, que pega nas personagens do clássico BELLE DE JOUR, de Luis Buñuel, é o que propõe o quase centenário Manoel de Oliveira. As críticas, ao contrário do que é costume, têm sido amigas deste filme feito de afectos e em exibição nos cinemas nacionais.
- A FILHA: O mês de Julho é, na RTP2, dedicado em parte ao cinema português. No próximo sábado, o segundo canal recupera este estranho e intenso drama, com uma grande interpretação de Nuno Mello. Realização de Solveig Nordlund.
- COISA RUIM: Para encerrar a semana, nada como revisitar um dos mais consistentes sopros comerciais falado em português. O filme é também o maior esforço de sempre para elaborar uma história de terror com pés e cabeça, recorrendo ao imaginário e crenças rurais.
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